Dos versos meus
sobrou apenas
uma história
sem fim.
Os contos de fadas
nada me cantam,
só desgraças
daquelas velhas malvadas.
Aquele túnel
imundo
afugenta mais do que
se sabe.
Daquela maçã podre
provei até a semente,
que germinou
em meu vasto jardim
pecador.
Se há no céu
algo que adormeça
os seres errantes,
tranque os olhos meus.
Conceda-me
o sono insaciável
e anoiteça.
Anoiteça.
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